Liderar um time de alta performance é desafiador. Mas se tem algo que aprendi ao longo da minha trajetória, é que autorresponsabilidade é a base de tudo.
Porque liderança não é sobre carregar o time nas costas. O líder anda 50% do caminho, e o liderado deve andar os outros 50%. Quando um percorre mais do que o outro, a relação se desequilibra e o resultado sempre aparece na performance do time.
E isso vale para qualquer contexto, desde grandes empresas até o esporte. Nenhum treinador pode entrar em campo pelo atleta. Ele pode estruturar treinos, oferecer feedbacks e ajustar a estratégia. Mas no momento decisivo, é o atleta que precisa executar.
Se o atleta espera que o técnico corra por ele, o jogo já está perdido.
E nas empresas acontece o mesmo. Vejo muitos líderes gastando energia tentando compensar o trabalho que os liderados deveriam estar fazendo. O problema é que esse desequilíbrio enfraquece a cultura, gera frustração e, no final, atrasa o crescimento de todos.
Onde está o problema?
Nem sempre o resultado vem como esperado. E quando isso acontece, a pior coisa que um líder pode fazer é agir no impulso, sem entender a causa raiz do problema.
No livro Equipes Brilhantes, Daniel Coyle fala sobre como grandes líderes não são aqueles que dão todas as respostas, mas sim os que fazem as perguntas certas.
Antes de corrigir qualquer coisa, eu sigo um raciocínio simples para identificar o que está travando a entrega do time. Normalmente, o problema se encaixa em uma dessas três categorias:
1️⃣ Falta de clareza na comunicação – O liderado não entendeu o que foi pedido? A falha pode estar na forma como a mensagem foi transmitida.
2️⃣ Dificuldades técnicas – Ele tentou, mas travou por falta de conhecimento ou suporte? Aqui, a questão não é cobrança, mas entender se ele buscou evoluir ou se acomodou na dificuldade.
3️⃣ Falta de comprometimento – Se o problema não foi comunicação nem técnica, sobra apenas uma opção: ele não se importou o suficiente para entregar. E nesse caso, sem desculpas.
Em Equipes Brilhantes, Coyle explica que times de alta performance não são aqueles onde o líder faz tudo por todos, mas onde cada membro entende sua responsabilidade individual dentro do jogo. Sabe quais são suas metas e se dedica ao máximo para conquistá-las.
O treinador pode criar a melhor estratégia, mas se o atleta não treinar e executar, o resultado nunca vem.
O que fica para você?
O meu princípio como líder é simples:
📌 Eu só entro no microgerenciamento se o resultado não vier.
📌 E se ele não aparece, eu vou fundo na causa raiz antes de agir.
Porque a verdade é que um time só escala quando cada um assume sua parte do jogo.
Liderar não é fazer pelo outro, é garantir que cada um faça a sua parte. Porque quando o líder assume tudo, ele não lidera ele sobrecarrega. Ter clareza disso, vai muito além das metas.
Até a próxima,
Mari Mello
Sensacional
ótimo conteúdo sobre liderança 👏🏽🤩